A Igreja não tem garantias de que ela sempre terá um papa (sem interrupções); mas quando ela possui um, é garantida à ela um que seja Católico.

Saturday, July 16, 2016

Papa Pio IX e a posição "Reconhecer & Resistir" da FSSPX, 'Resistência' e afins

Seria possível reconhecer a autoridade do papa sem --ao mesmo tempo-- reconhecer as prerrogativas de sua autoridade?

A autoridade Papal é infalível no ensino da fé e moral, mesmo no exercício do magistério ordinário universal, e é infalível na matéria de culto e disciplina, não podendo prescrever nada pecaminoso, herético ou prejudicial para as almas nesse quesito. O reconhecimento da autoridade papal em Paulo VI ou João Paulo II, automaticamente implica o reconhecimento de que não há erros doutrinários no Vaticano II, e que a liturgia e os sacramentos do Novus Ordo  assim como o Código de Direito Canônico de 1983, não pode haver erro doutrinário ou qualquer coisa pecaminosa e prejudicial as almas. O máximo que se pode dizer de tais coisas, se elas forem consideradas oriundas de verdadeira autoridade papal, é que elas podem ser imprudentes, talvez menos ascéticas, ou de alguma forma extrinsecamente repugnantes. Elas devem ser consideradas intrinsecamente Católica, perfeita, e que conduz á salvação eterna. O Papa Pio VI declarou ser "falso, imprudente, escandaloso, pernicioso, ofensivo aos ouvidos piedosos, nocivo á Igreja e ao espírito de Deus, pelo qual é regido, ou pelo menos errôneo", a proposição de que a Igreja poderia prescrever alguma disciplina que fosse falsa ou perniciosa (Denz. 1578). O Papa Pio IX execrou aqueles que, por um lado, reconheciam sua autoridade, mas, por outro, ignoravam suas disciplinas: 

"De que adianta proclamar em alto e bom som o dogma da supremacia de São Pedro e seus sucessores? De que adianta repetir incessantemente as declarações de fé na Igreja Católica e de obediência á Sé Apostólica quando, na prática, as ações desmentem essas belas palavras? Além do mais, tal rebelião mostrada não a torna ainda mais indesculpável pelo fato que a obediência é tida como uma obrigação? Repito, a autoridade da Santa Sé não se estende, como sanção, para as medidas que fomos obrigados a tomar, ou seria o bastante estar em comunhão de fé com essa Sé sem adicionar submissão e obediência?, --uma coisa que não pode ser mantida sem danificar a Fé Católica? De fato, Veneráveis Irmãos e amados Filhos, isso é uma questão de reconhecer o poder (desta Sé), sobre até suas Igrejas, não somente naquilo que pertence a fé, mas também naquilo que diz respeito a disciplina. Aquele que negar isso é um herege; aquele que reconhece isso e obstinadamente recusa a obedecer é digno de anátema." [Papa Pio IX Quae in Patriarchatu, 1º de Setembro , 1876] Págs. 9 and 10





 





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